A história da economia mundial é cheia de altos e baixos, de avanços e retrocessos, de crises e transformações. O mercantilismo, sistema econômico predominante até o século XVIII, baseava-se na busca de um equilíbrio comercial favorável, com o objetivo de acumular riquezas, principalmente em forma de metais preciosos.

No final do século XVIII, o liberalismo econômico surgiu como uma reação ao mercantilismo. Defendendo a liberdade individual e a não intervenção do Estado na economia, os liberais acreditavam que o crescimento econômico seria alcançado pela competição entre indivíduos e empresas. Esse modelo foi adotado por muitos países europeus e pelos Estados Unidos, com a promessa de trazer prosperidade e bem-estar para todos.

No entanto, o liberalismo também enfrentou crises. A Grande Depressão, iniciada em 1929, foi uma delas. Com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, a economia mundial entrou em colapso, afetando milhões de pessoas. O Estado passou a intervir novamente na economia, com políticas de estímulo à produção e ao consumo, como o New Deal de Franklin Roosevelt nos Estados Unidos.

A Segunda Guerra Mundial marcou um ponto de virada na história da economia mundial, ao trazer a Keynesianismo à tona. John Maynard Keynes propôs uma teoria econômica que defendia a intervenção do Estado em momentos de crise, por meio do aumento dos gastos públicos e da redução dos impostos, para estimular a demanda por produtos e serviços. Essa abordagem foi adotada por muitos países ocidentais após a Segunda Guerra, ajudando a garantir o bem-estar dos cidadãos.

Nos anos 1980, o neoliberalismo surgiu como uma nova forma de liberalismo econômico, agora globalizado. Defendendo a desregulamentação do mercado, a privatização de empresas estatais e a redução dos gastos públicos, os neoliberais argumentavam que o Estado era uma fonte de ineficiência e corrupção, e que a competição entre empresas privadas traria maior eficiência e desenvolvimento.

No entanto, o neoliberalismo também enfrentou críticas, principalmente após a crise financeira de 2008. Com a desregulamentação do mercado financeiro, os bancos passaram a realizar operações de alto risco, como a concessão de empréstimos a pessoas com baixo poder de pagamento. Quando esses empréstimos começaram a não ser pagos, a bolha financeira estourou, levando bancos à falência e desencadeando uma crise econômica mundial.

Hoje, vivemos em uma realidade de globalização e de capitalismo financeiro, em que o poder econômico se concentra nas mãos de poucos e grandes empresas transnacionais. A economia mundial ainda enfrenta muitos desafios, como a desigualdade social, a volatilidade financeira e as ameaças ambientais. É necessário repensar a forma como produzimos e consumimos, buscando uma economia mais justa e sustentável.